A origem da Numerologia (Parte II)

Veja aqui a continuação de informações a respeito da origem da numerologia

Como já sabemos, fazer a associação correta dos números conforme nossos propósitos é essencial para não haver interpretações incorretas destes. Sabemos, também, que Pitágoras é considerado o “Pai da Numerologia”.

Dizem que ele aprendeu Cabala na Judeia, ou seja, a ciência que ensinou era baseada nos princípios cabalísticos. Foi Pitágoras, pois, quem ensinou que “a evolução é a lei da vida; o número é a lei do Universo e a unidade é a lei de Deus”. Ele ensinava, ainda, que os números são diferentes dos algarismos (números naturais).

Segundo ele, “os números representam qualidades; os algarismos representam quantidades. Os números operam no plano espiritual, enquanto os algarismos servem para medir as coisas no plano material”. Assim, Pitágoras ensinava aos seus discípulos que o verdadeiro valor das letras e dos sons correspondentes, uma vez que cada palavra e nome vibram conforme um número e cada número tem um significado interior.

Platão, grande filósofo, era um dos seguidores de Pitágoras. Eles acreditavam nas propriedades místicas dos números e chegaram a conclusão de que “tudo é número” ou vibrações baseadas nos números. Sendo assim, isso significa, então, que tudo no mundo é feito de números e que tudo pode, então, ser reduzido a um valor numérico, sendo este, pois, o fundamento da Numerologia.

Além de escrever e descrever os números em termos matemáticos, Pitágoras e seus seguidores também descrevem os números conforme características não numéricas. Como? Veja então:

Tais características não numéricas tinham mais em comum com a intuição e com o misticismo. Exemplo: os números ímpares seriam masculinos e os números pares seriam femininos. O número 1 é a representação da criatividade, enquanto o número 2 é a representação da dualidade. Como 2 (número feminino) + 3 (número masculino) = 5, sendo 5 o número que representa o casamento. Ainda, o número 5 estando entre os números de 1 a 9 representa a justiça.

O número 10, por exemplo, é considerado um número sagrado, principalmente pelo fato de este ser a soma dos 4 primeiros números. Mas, por outro lado, os numerólogos atuais, diferente de Pitágoras e de seus seguidores, aplicam números às pessoas. Por que? Segundo eles, os números de 1 a 9 possuem propriedades únicas.

Essas propriedades únicas são resultado direto da sua vibração inerente. Destas propriedades, algumas vêm dos ensinamentos de Pitágoras, enquanto outras vêm da maneira conforme as culturas ao redor do mundo utilizam e abordam os números.

Por outro lado, o fato de a biografia de Pitágoras ser um tanto quanto confusa e obscura levou à questão de que muitos de seus conceitos matemáticos se misturassem com as noções esotéricas. Portanto, por esse motivo, os pensamentos e estudos de Pitágoras não são totalmente aceitos por pesquisadores.

A numerologia é uma ciência cujo conhecimento era passado apenas de forma oral de uns aos outros; de um grupo de iniciados, escolhidos, estes, a dedo, diante de alguns (rígidos) critérios. Ele próprio, Pitágoras, não deixou nada escrito. Por que? Porque conforme seus próprios ensinamentos recebidos e orientados, os conceitos e ensinamentos deveriam, pois, ser decorados por seus discípulos, uma vez que era proibido escrevê-los.

Assim, somente após a morte de Pitágoras é que seus seguidores quebraram tal tradição e, aos poucos, eles foram escrevendo os ensinamentos recebidos de seu mestre. Como vimos, também, Platão foi um dos seguidores de Pitágoras, e por conta dele é que, hoje em dia, temos os maiores conhecimentos da Escola Pitagórica.

Outra contribuição, dada por Platão (que era fascinado por números e dizia que eles eram quem governava o mundo)  aos nossos conhecimentos de hoje em dia, (Platão considerava os números como “eternos e universais”) é o fato de que ele acreditava que os números eram, pois, os únicos elementos sobre os quais realmente poderíamos conhecer aprofundada e completamente, uma vez que, para conhecer os números, somente a razão para entendê-los já é suficiente.

Ainda, é possível que também vejamos alguns traços da ciência numerológica em obras de grandes e importantes filósofos, como Aristóteles e Hermes Trismegistus. Mas, como também sabemos, mesmo que tudo isso sobre os números nos influencia realmente, é essencial que cada um de nós tenha, realmente, uma boa interpretação e leitura do que cada um dos números significa, bem como suas verdadeiras influências sobre nós..