Tarot no século XX e Leitura do Tarot

Classificação dos Tarots e sua leitura

Michael Dummertt, historiador de Tarot, sugeriu três classificações principais do Tarot, as quais são consideradas como modelo para as mais diversas variedades conhecidas, ordenando-lhes em uma ordem A, B e C. Também especialista e colecionador de Tarot, Tom Tadfor Little, renomeou estes grupos conforme as geográficas nas quais foram desenvolvidos. Sendo assim:

  1. Padrão Milanês: É o baralho de Tarot que teve origem na corte de Viscontti, em Milão. A partir deste, tiveram origem os Tarots franceses e suíços. Este é o grupo que corresponde a ordem C, na nomenclatura de Dummett e é também, muito provavelmente, o mais conhecido.
  2. Padrão da corte da Família Este, em Ferrara, que possuíam sua própria tipografia na fabricação das cartas. Estas cartas de Tarot chegaram, além da própria cidade de origem, somente até Veneza. Este é o grupo das cartas de Tarot que correspondem a ordem B, na nomenclatura de Dummentt.
  3. Este grupo, segundo Dummentt o grupo A, corresponde ao Tarot nascido na cidade de Bolonha. Seria, este, o mais popular dos três (ao menos até o século XVIII). Este Tarot foi desenvolvido nas regiões ao sul da Itália, atingindo a cidade de Florença

Além das classificações de Tarot históricos, ficam os Tarots contemporâneos, a partir do século XX. Segundo Nei Naff, estes são classificados em:

  1. Tarot moderno (ou estilizado): esta é uma categoria de Tarot que teve seu início a partir do ano de 1910, com a criação de Arthur Edward Waite e desenhos de Pamela Colman Smith. Este é, então o primeiro Tarot com traços e desenhos livres e cheios de cor. Neste baralho foi a primeira vez que, na era contemporânea, os arcanos menores ganharam ilustrações completas.
  2. Tarot cultural (ou transcultural): É a categoria que abrange aqueles Tarots que surgiram em meados do ano de 1970, onde cada arcano era substituído por outras ambientações e personagens, de forma que seguissem uma determinada mitologia. Nestes, o padrão clássico é altamente perceptível.
  3. Tarot surrealista (de fantasia): Esta é a categoria de Tarot onde os arcanos não possuem nenhuma semelhança aos baralhos clássicos. Na criação destes baralhos, os autores usavam sua livre expressão, bem como criatividade, para dar “vida” a um deteminado tema.

COMO É FEITA A LEITURA DO TAROT?

Muitas pessoas, leigas por assim dizer, se perguntam como é feita a leitura das cartas de Tarot. Então, vamos à resposta!

A leitura das cartas de Tarot é realizada com o uso de uma técnica específica, jogos e métodos a serem analisados. Uma coisa que tem sido muito observada, no entanto, é que não é tão simples assim jogar Tarot, diferente do que muitas pessoas e a crença popular acredita ser. Para seguir uma leitura séria e eficaz das cartas, é necessário que médiuns, estudiosos ou pessoas escolhidas, realizem uma série de estudos, tendo em vista os diversos contextos.

O Tarot, assim como outros muitos oráculos conhecidos, funciona baseado no princípio da aleatoriedade. Ou seja, isso quer dizer que as respostas que as cartas do Tarot fornecem, são reveladas pela escolha aleatória das cartas dentro de um baralho. E ainda, não importa se as cartas de Tarot são escolhidas pessoalmente ou virtualmente, o sorteio funciona da mesma forma, funcionando como forma de acessar os significados de tudo que há no inconsciente.

Dentro de um contexto de mediunidade, o Tarot seria uma forma de ligação espiritual entre o ser terrestre com o plano superior. Mas, por outro lado, existem técnicas de leituras que têm como base uma teoria consistente, a qual serve tanto às leituras, quanto à busca do autoconhecimento e desenvolvimento espiritual de cada um de nós.

E A LEITURA DO TAROT?

A leitura das cartas de Tarot oferecem, como já sabemos, uma interpretação de modo objetivo, com a finalidade oferecer o melhor caminho a ser seguido em cada aconselhamento, diante de cada situação levantada. Desta forma, uma leitura de Tarot oferece uma objetividade na leitura, na sua interpretação.

Ainda, o que precisamos é deixar claro aqui que o Tarot não é uma forma de resolver os problemas em um passe de mágica. A única coisa que o Tarot oferece, como já mencionado, são estratégias para cada pessoa, que procura este método, alcançar seus objetivos e fazer com que os erros sejam reconhecidos, e as falhas, possíveis, sejam corrigidas. As formas de leitura do Tarot são bem diversificadas, mas a única objetividade é esta, tão mencionada, de indicar um caminho possível.

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